sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A inversão de valores sobre a pirataria de games no Brasil

Mercado


A inversão de valores sobre a pirataria de games no Brasil

A principal alegação dos consumidores de jogos de vídeo game piratas no Brasil é o preço, estes não levam em consideração a atividade criminosa e as consequências desta atividade     

                                          Fonte:www.nerdon.com.br


Segundo relatório anual da Associação Internacional de Propriedade Intelectual, o Brasil é o quinto maior mercado para games pirateados do mundo, atrás de Itália, China, Espanha e França respectivamente.
O problema da pirataria não é algo exclusivo aos games, provocando grandes mudanças no setor fonográfico, cinematográfico e de software, onde mudou todo o rumo destes mercados no mundo. A pirataria inibe, reduz e atrasa o crescimento de desenvolvedores e empresas da área em países com menor representatividade de mercado produtor, como o Brasil.
O público consumidor desta atividade alega que compra devida a acessibilidade e ao preço. Como relata Daniel Lopes Ferreira, 25, que diz que ‘’comprar jogos piratas pelo fato de serem baratos, estarem em qualquer lugar e pelo atendimento’’. Ao ser questionado sobre a legalidade da atividade ele completa, ‘’ é crime mas ninguém liga ou corre a respeito ‘’ .
O fato de a Lei 10.695 de 01/07/2003 que define a prática como ilegal e relata a pena para os culpados. A propriedade intelectual, assim como os outros tipos de propriedade, é protegida pelo ordenamento jurídico brasileiro, e itens virtuais agora também estão sob esta proteção — que engloba a indústria do vídeo games e softwares.
A falta de fiscalização ou falta de interesse do poder publico é outro argumento que não condiz com a realidade. Segundo dados da Policia Federal de São Paulo, são executadas 22 ações surpresas por mês em diversos pontos da cidade, em ações conjuntas com a Polícia Civil, Ministério Publico e agentes municipais. Os casos são julgados e punidos perante a lei, tendo o poder judiciário aplicado todas as penas referentes a pirataria .
Quanto ao preço, mais da metade do preço dos jogos, consoles e acessórios no Brasil é gerado por impostos e pelo fato de as empresa cobrarem a mais por causa da pirataria.
O consumidor tem a falsa sensação de que está enganando o sistema de tributação e de custo do produto, deixando de lado todo o contexto por trás da cadeia produtiva, afastando empresas de se instalarem no Brasil, enfraquecendo as empresas locais e encarecendo os produtos originais.
Moacyr Alves Jr, Presidente da ACIGAMES, Associação Comercial Industrial e Cultural de Games, contextualizou a importância da conscientização sobre a pirataria, “Enquanto não conseguirmos que o gamer compreenda que, adquirindo pirataria, ele está lesando não apenas a indústria e o comercio nacionais, mas também a si próprio este quadro não vai mudar”.

Mesmo que as novas tecnologias afastem a pirataria, é necessário que o público se conscientize das consequências que a atividade gera no mercado.

Adilio Diogo Fernandes

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